"A última flor de Lácio"
Sem dúvida que:
" A Grécia vencida conquistou o fero vencedor, trazendo as artes de Lácio agreste."
O que seria dos Romanos sem o Latim!
Horácio escreveu, na Arte poética, 70-72:
"Multa renascentur quae iam cecidere cadentque quae nunc sunt in honore vocabula, si volet usus quem penes in arbitrium est et ius et norma loquendi."
"Renascerão palavras que já pereceram e cairão outras que agora estão em moda, se o quiser o uso, cujo arbítrio é direito e norma de falar."
Atrevo-me a acrescentar:
"Nec me animi fallit Graiorum obscura reperta difficile inlustrare latinis versibus esse, multa novis verbis praesertim cum sit agendum, propter egestatem linguae et rerum novitatem."
(De rerum natura I, 137-140)
"Sinto que é difícil ilustrar, em versos latinos, os achados abstratos do pensamento grego, principalmente porque isto exige palavras novas, dada a pobreza da língua e a novidade dos assuntos".E voltando ao já referido Lácio ou Latim, resta-me o privilégio de poder acrescentar:
"Última flor do Lácio, inculta e bela"
É o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918.Este verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.
O termo inculta fica por conta de todos aqueles que a maltratam (falando e escrevendo errado), mas que continua a ser bela.
O Latim é sem dúvida o melhor aparelho de ginástica intelectual e de equilíbio do raciocínio.
1 comments:
A língua portuguesa é bela.
Aqui neste blog não se pode aplicar o termo inculta, porque o português é bem tratado.
Um abraço e bom fim de semana.
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