17.9.05

ERNEST HEMINGWAY




Ernest Hemingway era um dos seis filhos de uma família de um médico de Oak Park, Ellinois, Estados Unidos, e veio ao mundo no dia 21 de Julho de 1899. Os pais pretendiam que ele seguisse a carreira médica, todavia, ao terminar os estudos secundários, ainda muito jovem, começou a escrever para o jornal "Star".
Quando deflagrou a I Guerra Mundial, quis alistar-se na Marinha norte-americana. Depois de rejeitado diversas vezes, aceitaram-no como motorista de ambulância da Cruz Vermelha, em Itália, onde foi ferido.
Terminada a guerra resolveu fixar-se no Canadá, na cidade de Toronto. Lá prossegue a sua carreira de repórter. Na mesma qualidade, em 1921, foi trabalhar para Paris.
É na Europa que escreve as suas primeiras obras: em 1923, "Tree short stories and ten poems"; em 1924, "In our time"; em 1926, "The torrents of Spring".
Todavia, a obra que o celebrizou e lançou no mundo da fama foi, por essa época, "O sol também se levanta".
Em 1927 publica "Men: Without Womens". Em 1928 viajou para a Florida, onde permaneceu dez anos. Ali escreveu, em 1929, "Adeus às armas", romance inspirado na sua experiência na I Guerra Mundial.
Em 1932 saiu "Death in the afternoon", obra onde expressou a sua grande paixão pelas touradas, o que aliás sucedeu em numerosos outros escritos seus.
Efectuou muitas viagens pelo continente africano e lá recolheu vivências, que inseriu nas obras: "The green hills of Africa", 1935; "The snows of Kilimanjaro" e "The short happy life of Francis Macomber", 1938.
Com o início da Guerra Civil espanhola, em 1936, Ernest Hemingway viajou para Espanha. A primeira ideia era juntar argumentos para um filme, "The Spanish Earth", acabando por se envolver no sangrento conflito, a combater ao lado dos republicanos. Destas vivências concebeu a peça "The fifth column", 1938 e o seu mais longo e mediático romance "Por quem os sinos dobram", 1940.
Acabada a Guerra Civil em Espanha vai residir em Cuba, onde viveu até 1959. Em 1952 escreveu "O velho e o mar", sendo-lhe atribuído o Prémio Pulitzer e chama as atenções da Academia Sueca que, em 1954, lhe concede o Prémio Nobel da Literatura.

A escrita de Ernest Hemingway está cheia de vivacidade, de sangue e também de muito amor. Simples, sem retórica, directo, fixou quer as emoções visíveis, quer as mais recônditas. Acima de tudo, porém, revelou o humanismo dos anónimos e do povo com que ele se identificava.

A partir de 1951 a doença ia-o minando e enfraquecendo de ano para ano.
Fiel à frase impressa no seu livro "O Velho e o Mar":
"Um homem pode ser destruído; nunca derrotado",
em 1961 suicida-se com um tiro na cabeça.