29.8.05

Coisa fofa

Que coisa mais fofa
Mas que olhar tão triste,
O que foi coisa fofa
O que foi que sentiste.

Será o tempo que não te agrada,
Será a noite que não vem?
Ou é porque a madrugada
Vem e não trás ninguém.

Esse olhar tão ternurento
Que te torna especial
Faz de ti em qualquer momento
Um ser muito angelical!!

Porque sofres tão calado
Porque não falas comigo
Tu sabes que me tens ao teu lado
E que sou o teu melhor amigo.

E essas flores que aí estão,
Quem as ofereceu?
Alegraram-te o coração?
Ou foram o que te entristeceu?

Aí nesse cantinho
Até parecem sorrir!
Imagino o remoinho
Que te fez deixar de sorrir...

E esse espaço todo à volta,
Tanto e tão vazio,
O silêncio que se solta
Em leves suspiros de frio.

E tu aí tão sozinho
Nesse silêncio absurdo
Sem qualquer carinho
Como se o mundo fosse surdo...

Coisa fofa, não te escondas
Deixa falar o coração
Sai de dentro dessas sombras
Que te encobrem com escuridão.

E teu caminho delineado
Espera que o pintes com cor
E por muito que rabiscado
Ele será sempre de um grande autor...

5 comments:

Blogger Ana Garcia said...

Que bebé tão lindo! Mas porque estará tão triste?

A parte traseira do Renault Mégane que eu não gosto é mesmo aquela recortada!=-P

29 agosto, 2005 20:27  
Blogger Mónica said...

Bem tu és mesmo rápida nos comentários!!!

Eu também imaginei que que seria essa traseira, bem é daquelas bem feias.

O bebé está triste porque ainda não se despiu, para viver na verdadeira pele dele e a partir daí crescer.
beijo

29 agosto, 2005 20:38  
Anonymous Anónimo said...

O bébé não está triste. Ele está a posar para a fotografia. É aquela curiosidade de criança em que tudo é fantástico e extraordinariamente objecto de estudo e atenção!;)
Mas em si o poema é uma excelente construção cénica do que o Bébé quer. Basta mergulhar na excelente escrita...
jokas

30 agosto, 2005 01:27  
Blogger Mónica said...

A vontade de conhecer e explorar o mundo, faz das crianças seres de extrema sensibilidade e capacidade de perceber o que os envolve, mas a sua inocência faz com que nem sempre sejam capazes de alcançar a plenitude de tudo o que vêm...

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as dores que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."

Jocas...
...

30 agosto, 2005 09:11  
Blogger Hipnótico Menino Branco said...

parabens pelo poema mónica, está bonito! e obrigado pelo link!
jokas

06 setembro, 2005 14:10  

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