14.8.05

Quem ama acredita


(...) "Pretendia um homem sensível e meigo que, simultaneamente, a entusiasmasse. Queria alguém que se oferecesse para lhe massajar os pés depois de um longo dia de trabalho, mas que também fosse capaz de a desafiar em termos intelectuais. Um ROMÂNTICO, certamente, o género de homem que não precisasse de um motivo especial para lhe oferecer flores.

Não era pedir muito. Ou seria?

Segundo a Glamour, a Ladies' Homes Journal e a Good Housekeeping, todas elas recebidas na biblioteca, era. Ao ler aquelas revistas, parecia que todos os artigos salientavam que manter vivo o interesse de uma relação era uma tarefa exclusiva das mulheres. Contudo, aquilo seria tudo o que deveria pedir-se de uma relação? Uma Relação? Com cada um dos parceiros a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para manter o outro satisfeito?

Ora, aquele era o problema com muitos os casais que conhecia. Em qualquer casamento, existe um equilíbrio subtil entre o que um deseja; e, desde que o marido e a mulher façam aquilo que o outro deseja, nunca haverá qualquer problema. Os problemas acontecem quando uma das pessoas começa a fazer coisas sem se preocupar com a outra. (...) Um bom casamento, como qualquer outra relação, implica a necessidade de subordinar as necessidades pessoais de um parceiro às necessidades do outro, na expectativa de que o outro haja da mesma maneira. Tudo estará bem desde que cada um dos parceiros se mantenha fiel à sua parte do contrato." (...)


Texto extraído do livro de Nicholas Sparks "Quem ama acredita".

3 comments:

Blogger Ana Garcia said...

Olá, Mónica! Antes de mais, muito obrigada pelo comment, é bom saber que não estou sozinha, apesar de a nosa situação não ser exactamente a mesma. Mas acaba por culminar na mesma coisa, estarmos sujeitas a uma situação à qual não conseguimos fugir. Mas acredito piamente que o sofrimento faz parte disto tudo, para um dia podermos olhar para nós mesmos de outra maneira.

Quanto ao texto, a questão do equilíbrio é muito importante, senão mesmo fundamental. Por vezes, damos por nós a subordinar-nos ao outro, só para que ele se sinta bem ao nosso lado e não pense em fugir.
Mas acaba sempre por fugir...

beijos

14 agosto, 2005 18:17  
Blogger J. Valente said...

Em jeito de agradecimento aos sempre bem-vindos comentários no "Apenas mais Um" digo que acredito em químicas estabelecidas entre pessoas e não relações ou contratos. Tudo acaba por fluir quando se está em sintonia com o parceiro. É esta a minha crença.

Saudações.

16 agosto, 2005 21:25  
Blogger Mónica said...

j.valente, também concordo contigo, que a palavra contrato não foi bem escolhida pelo autor, mas o sentido do texto é que interessa...

17 agosto, 2005 12:23  

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